quarta-feira, 18 de abril de 2012

Pedido de Apoio da UFRRJ

Os estudantes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) após mobilização com cerca de 200 estudantes no dia 12 de Abril ocuparam o Hotel Universitário reivindicando a transformação do mesmo em dormitório feminino, o F6. E dado o tamanho do desafio que encontram a sua frente, pedem apoio para as entidades estudantis, juvenis, grupos organizados, CA's, DA's, executivas de curso e quem mais puder.
Segue o pedido:

"Estamos ocupando o hotel da Rural desde quinta passado para exigir que seja transformado em um alojamento feminino imediatamente. A manifestação foi interessantíssima, com batucada, muitos cartazes, animação.. Contou com umas ...300 pessoas e a ocupação está funcionando a todo vapor, com assembléias diárias, as comissões funcionando, gerando um grande debate na universidade, e com firmeza na disposição de não sair.
Agora os professores mais reacionários e o reitor estão começando a se articular para desmobilizar e desmoralizar a ocupação. Além disso, está correndo uma informação(não temos certeza ainda) que o ministério público está articulando uma ordem de despejo, o que por enquanto não achamos que vai ser essa semana, pois a reitoria ficaria extremamente queimada. Além disso, levamos a decisão de tornar o hotel em alojamento para o conselho universitário, um espaço que vai ser bastante importante.

Estou enviando em anexo uma carta de apoio que deve ser assinada pelo máximo organizações políticas de esquerda possíveis. Gostaria que vocês articulassem nos coletivos que fazem parte para que assinem a carta declarando apoio.

A resposta com a adesão deve ser enviada para o e-mail do DCE Rural até sexta de manhã, de preferencia: contatodcerural@gmail.com
ou dcerural@gmail.com"
Carta de Apoio à ocupação do Hotel Universitário da UFRRJ e sua transformação em Alojamento Feminino “F6”
"Nós organizações populares, estudantis, sindicais, movimentos sociais, partidos, apoiamos com essa carta a legítima mobilização dos estudantes organizados da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e a ocupação do antigo hotel universitário e sua transformação em um novo alojamento Feminino, o “F6”.

Pensar e lutar por uma universidade que garanta a estrutura necessária para que os filhos da classe trabalhadora tenham acesso e permanência na universidade, é tarefa de todos nós. Para tanto é preciso construir um projeto de universidade que contemple os interesses do povo brasileiro. A construção desse projeto é tarefa de todos que acreditam que a universidade deve ser do povo, e não de privilegiados. Não surgirá pronto e acabado, mas será fruto do protagonismo estudantil e das lutas populares. Terá o papel de democratizar e popularizar a educação.

Além disso, nos somamos aos estudantes da UFRRJ em sua luta por maior investimento na educação pública, pela reivindicação do destino de 10% do PIB nacional para a educação, o que possibilitaria uma maior qualidade nas universidades brasileiras."

Blog do DCE da UFRRJ:
http://dceufrrj.wordpress.com/

DCE gestão Nada Será Como Antes

segunda-feira, 16 de abril de 2012

1% para Permanência Estudantil

A Permanência Estudantil é sempre um tema muito polêmico nas Universidades de todo o país e não é á toa que também é uma pauta histórica do Movimento Estudantil Nacional. O suporte pra permanecermos na Universidade é parte do direito de estudar. Reivindicar Ru a 1 real ou Pela ampliação da  Residência Universitária é também lutar por uma Universidade de excelência, visto que uma Universidade que permite que um aluno abandone seu curso por falta de moradia na cidade ou por dificuldades de se alimentar não é a Universidade que queremos.

Discutir Permanência Estudantil é também discutir Orçamento. É impossível uma política eficiente de Permanência Estudantil dentro de um orçamento sufocado em que se encontram as Universidades. Portanto precisamos lutar por mais verbas para a Permanência Estudantil frente ao governo do estado para garantirmos o que reivindicamos.

Então, o que o DCE tá fazendo ?!

Atualmente o DCE reivindica 1% do orçamento para a Permanência Estudantil. Este índice, correspondente a R$ 1.700.000,00, foi inicialmente fixado pelo movimento grevista de 2011 – mobilizauesb. Naquele momento, o movimento estudantil entendeu que precisaríamos de no mínimo 1% para garantirmos o básico referente à permanência do estudante na Universidade: bandejão a 1 real, ampliação da Residência Universitária, aumento do número de bolsas, bem como reajuste dos valores. Como exposto na campanha eleitoral, o DCE tem defendido esta pauta em todas as instâncias cabíveis da Universidade.

O que temos até agora?

Numa conjuntura de crise econômica mundial, o Governo Federal promovendo cortes brutais nas áreas sociais (como sáude, educação, habitação),e a nível estadual com o Decreto do Jaques Wagner para as Universidades(aquele que corta em quase 30% a verba das estaduais e motivo central da greve de 2011) nosso orçamento está cada dia mais asfixiado. Entretanto, estamos ainda em luta pelo 1%. Até agora temos garantido R$ 1.500.000,00( em contraproposta ao R$1.000.000,00 proposto pela Reitoria) dentro da comissão que levará a proposta ao CONSU (Conselho Superior Universitário). Se garantirmos que o CONSU aprove R$1.500.000,00 nós quase duplicaremos essa verba em relação à 2011(que era de 800.000).
A luta pela Permanência Estudantil é prioritária, sobretudo para o movimento estudantil, visto que a condição primeira pra estudar é comer, morar e se locomover. Ninguém estuda com fome, ninguém desenvolve pesquisa  preocupado com o vencimento do aluguel. Portanto a defesa de mais verbas para a permanência é crucial para os estudantes. Continuaremos na defesa implacável desta pauta enquanto assistirmos colegas abandonarem seus cursos por falta de condições de permanecerem na universidade.


Maria Alice "Lilika" Oliveira
DCE gestão Nada Será Como Antes
“ ...Resistindo na boca da noite um gosto de sol...”

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Nota sobre a reunião do CONSEPE






No dia 11 de abril de 2012 foi realizado na UESB - campus de Vitória da Conquista - o CONSEPE (Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão), o qual tem como finalidade definir as diretrizes para o tripé que norteia a Universidade - ensino, pesquisa e extensão. Entre uma das pautas do conselho estava a votação do calendário acadêmico para o ano de 2012. Não havendo discordância para o início de 2012.1, o DCE (Diretório Central de Estudantes) ressaltou que era necessária uma avaliação mais apurada do último semestre (no que tange ao rendimento acadêmico d@s alun@s) e propôs postergar a votação do calendário 2012.2. A finalidade era realizar um plebiscito em que a comunidade acadêmica (que inclui tod@s estudantes, professores e funcionários) expressasse o desejo de quebra ou de continuidade das atividades do período 2012.2, ou, resumidamente, se seria viável ou não o gozo das férias em janeiro ou em março de 2013. Infelizmente, a maioria dos conselheiros decidiu pela votação sumária do calendário 2012.2, o que invalidou/prejudicou a proposta do plebiscito.  Ultimado debate, passou-se a uma segunda votação, e foi decidido que o segundo semestre de 2012 será interrompido, com férias no mês de janeiro. Vale ressaltar que na segunda votação o DCE se absteve, pois o entendimento foi de que carecíamos de mais tempo para avaliar as propostas e depois decidir os rumos do nosso calendário, o qual tanto implica no desenrolar das atividades desenvolvidas em sala de aula.
Dessa forma, o que pretendemos ressaltar nessa nota é a forma como as decisões são tomadas nos conselhos desta Universidade. A proposta do plebiscito foi apresentada pelo DCE como uma possibilidade de desenvolver outra cultura na gestão na UESB.  É bem verdade que na nossa comunidade não existia um consenso quanto à quebra ou não do segundo semestre de 2012. No plebiscito que realizamos on-line, por exemplo, ambas as propostas empataram, o que reforçou a necessidade de o CONSEPE, levando em consideração as múltiplas realidades de toda a comunidade, ter avaliado com mais responsabilidade para depois decidirmos junt@s. O resultado desse processo tem gerado insatisfação por parte do corpo discente, evidenciando a necessidade de maior organização da nossa categoria em torno dos nossos anseios.
Cremos que a questão da democracia direta deve permear nossa bandeira de lutas como forma de pressionar os órgãos superiores desta universidade a levar em consideração as reivindicações de nossa categoria e tornar mais justos os processos de decisão desta Universidade.

Diretório Central de Estudantes
Gestão Nada Será Como Antes